sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ao menos 30 sabiam tema de redação do Enem, diz professor

O professor Marcos Freire, do curso pré-vestibular Geo, de Petrolina (PE), disse que ao menos 30 alunos ouviram falar sobre o tema da redação antes do Enem. Alguns, inclusive, pesquisaram sobre o assunto na internet, afirmou.

Freire, que denunciou à imprensa o vazamento, defende que a investigação continue. 'O MEC [Ministério da Educação] deve averiguar até onde foi o vazamento, quantos realmente se beneficiaram e pensar no que fazer, já que o Enem está em descrédito na região', disse nesta quinta-feira (25) à Folha o professor.

O MEC informou que agiu de acordo com a investigação da PF em Juazeiro (BA) e, por isso, não pode comentar as declarações de Freire.

Apuração da Polícia Federal concluída na terça-feira apontou que Eduardo Ferreira Affonso Júnior, 21, foi informado sobre parte do tema da redação por seu pai e sua mãe, professora que trabalhou como aplicadora da prova em Remanso (BA).

Affonso Júnior falou sobre o assunto a três docentes do Geo, inclusive Freire, quase duas horas antes da prova.

O casal Marenilde e Eduardo Affonso, pais do aluno, foram indiciados pela PF sob suspeita de vazarem a prova. Por telefone, o pai disse à Folha que não daria entrevista porque sua vida 'já foi muito prejudicada pelo caso'.

Estudante de Remanso (BA) ofereceu gabarito do Enem antes da prova, diz professora

A professora Vera Lúcia Medeiros, do curso pré-vestibular Tema, de Petrolina (PE), afirmou que um estudante de Remanso (BA) ofereceu o gabarito da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para outros alunos antes do exame, realizado nos dias 6 e 7 de novembro.

"Quando saiu o gabarito oficial, ele mesmo tratou de falar a nota para os outros estudantes. Ele disse que acertou 172 das 180 questões. E ironizou: 'Vocês não quiseram o gabarito...'", disse.
A professora afirma que não denunciou o jovem à Polícia Federal porque seria "mais um na fogueira da Inquisição, enquanto o Ministério da Educação está intocável. O problema é generalizado".
É a segunda denúncia de vazamento da prova do Enem na mesma região. Na terça-feira (23), a Polícia Federal de Juazeiro (BA), município vizinho a Petrolina, indiciou um casal por suspeita de vazamento do tema da redação do exame.
Segundo a investigação da PF, os professores Eduardo Ferreira Affonso e Marenilde Brito Affonso confessaram que passaram o texto motivador da redação do Enem duas horas antes do exame para o filho deles.
Eles podem ter pena de até seis anos por violação de sigilo funcional.
O Ministério Público Federal no Ceará afirma que já solicitou à Polícia Federal em Juazeiro (BA), responsável pelas investigações sobre vazamentos na região, um relatório sobre o novo caso.
A Procuradoria afirma que vai anexar esse relatório à ação que pede a anulação do exame e que continua a tramitar na Justiça Federal no Ceará.
O pedido foi feito no dia 10 de novembro e está sendo analisado pela juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará.
A juíza Maia havia havia concedido a liminar que suspendeu o exame, em 8 de novembro. A decisão acabou sendo derrubada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria.
A Polícia Federal em Juazeiro e em Brasília foi procurada pela reportagem, que foi informada que não havia ninguém que pudesse comentar o caso.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vestibular da UFRN tem mais de 30 mil inscritos





Vestibulandos respondendo
questões nas provas do ano
passado.





 Mais de 32 mil candidatos se inscreveram no vestibular 2011 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), concorrendo às 6.139 vagas oferecidas.

Mais ricos têm o dobro de estudo que os mais pobres, aponta Ipea







Os 20% mais ricos da população brasileira possuem quase o dobro de anos de estudos dos 20% mais pobres. Enquanto os membros do primeiro grupo têm, em média, 10,7 anos de estudo, os do segundo possuem apenas 5,5 anos de estudo, aponta o relatório “Situação da educação brasileira - avanços e problemas”, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na última semana.

O quadro se repete em quase todas as etapas do ensino. A creche, por exemplo, acolhe 34,9% das crianças de 0 a 3 anos do grupo dos mais ricos, contra 11,8% dos mais pobres. Entre as crianças de 4 a 6 anos mais ricas, 93,6% estão na pré-escola, contra 75,2% das mais pobres.

O ensino fundamental não apresenta grandes disparidades, tendo em vista as políticas de universalização iniciadas a partir da Constituição Federal de 1988. Isso não ocorre no ensino médio: entre os adolescentes de 15 a 17 anos do grupo dos mais ricos, 75,2% estão matriculados nessa etapa do ensino. Já no grupo dos mais pobres apenas 31,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão nessa etapa no ensino.
 
Porém, a universidade é a etapa mais distante dos mais pobres: enquanto 52,7% dos jovens mais ricos de 18 a 24 anos estão no ensino superior, apenas 7,9% dos mais pobres dessa faixa etária alcançaram essa etapa do ensino.

“A escolarização é muito homogênea no grupo dos 20% mais ricos. A renda é um diferencial no acesso”, afirma o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. “Isso mostra que a escola pública tem que ser pensada para todos: para os que evadem, para os que repetem e para os que estão atrasados”.

O analfabetismo também reforça a diferença entre os dois grupos: enquanto apenas 2% dos mais ricos não sabem ler e escrever, o problema é verificado em 18,1% dos mais pobres, aponta o relatório, que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2009.

“Um país homogêneo não deveria apresentar diferenças tão acentuadas”, observa Abrahão. “Os mais pobres possuem uma estrutura educacional familiar mais precária. Muitas vezes o pai e a mãe nunca foram à escola e como convencer alguém que não noção da estrutura escolar a manter seus filhos lá?”.

Campo e cidade

Os mais ricos no meio urbano têm, em média, 3,9 anos de estudo a mais que os mais ricos do meio rural. Já entre os mais pobres da cidade e do campo, a diferença é de 1,8 ano de estudo a mais para o primeiro grupo, aponta o relatório.

“Além de universalizar a escola é preciso pensar se ela é interessante e se os conteúdos fazem sentido no contexto em que são ensinados”, sugere Abrahão. “Também é preciso atentar para fatores não escolares, como a renda dos mais pobres e o período de entre safras no campo”. 

http://aprendiz.uol.com.br/content/tewosemeki.mmp

sábado, 20 de novembro de 2010

Encerrou-se ontem a inscrição para vagas nos cursos superiores e técnicos no IFRN

São 1.532 novas vagas oferecidas para o período 2011.1 
Acesse as páginas dos processos seletivos para mais informações.
Modalidade de cursos técnicos para alunos que já concluíram o ensino médio, com cursos variando de um ano e meio a dois anos de duração. São oferecidas 846 vagas. Para entrada a partir de 2010, o IFRN usará as notas do Enem como única forma de ingresso. 
Processo de seleção para ingresso no ensino técnico integrado na modalidade de educação de jovens e adultos. É voltado para alunos portadores do diploma de ensino fundamental, que não tenham concluído o ensino médio. O exame consiste numa prova escrita, uma produção textual, entrevista e análise do histórico escolar do candidato.São 266 vagas ofertadas.
Modalidade de ensino superior que engloba os cursos de tecnologia e licenciatura, que variam de dois anos e meio a três anos de duração. A forma de ingresso até 2009.2 foi o vestibular. Para entrada a partir de 2010, o IFRN usará as notas do Enem como única forma de ingresso. São 146 vagas para os cursos superiores de tecnologia e 274 para os cursos de licenciatura.

Temas polêmicos








1.    A palavra existe ou não, eis a questão.

O prefixo NEO vem do grego e significa “novo”. NEOLOGISMOS são “palavras novas”, que não estão registradas em nossos dicionários nem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras.
O uso de neologismos costuma gerar muita discussão.
Há quem adore as novidades e não faça restrição alguma ao seu uso, e existem aqueles que só aceitam os neologismos depois de devidamente registrados em algum dicionário. E aqui já temos um novo problema. Para o brasileiro em geral, só há um dicionário: o Aurélio. É, sem dúvida, um dos melhores e dos maiores dicionários do mundo. É bom lembrar que a edição lançada em 1999 apresentava 28 mil novos verbetes. Temos de tomar muito cuidado ao afirmar que tal palavra existe ou não. Quem tem o velho Aurélio pode ser traído por uma nova edição. Recentemente, foi publicada uma nova edição pós-acordo ortográfico.
É importante lembrar também que o dicionário Aurélio apresenta em torno de 180 mil verbetes, que o dicionário Michaelis tem um pouco mais de 200 mil, e que o dicionário Houaiss apresenta aproximadamente 230 mil verbetes. É muito perigoso afirmar que uma palavra existe ou não. Tem que pesquisar.
Usar ou não um neologismo torna-se uma questão um pouco subjetiva. Por exemplo, você gosta do verbo DISPONIBILIZAR? É, sem dúvida, um verbo muito usado no meio empresarial. É adorado por alguns e detestado por outros, principalmente por aqueles que descobriram que DISPONIBILIZAR não estava registrado no velho Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, e que não aparecia em dicionário algum. Um aviso aos navegantes: o verbo DISPONIBILIZAR já está registrado nas novas edições de nossos principais dicionários.
Agora, você decide. Qual é a sua preferência: “O governo vai disponibilizar as verbas necessárias para as obras…” ou “Segundo o governo, as verbas necessárias para as obras estarão disponíveis…”?
A aceitação de um neologismo pode provocar discussões sem fim. É importante lembrar que os neologismos fazem parte da evolução das línguas vivas. Muitas palavras que hoje estão nos nossos dicionários já foram, algum dia, belos neologismos. Foram consagradas pelo uso e abonadas pelo tempo. E aqui, a grande lição: nada como o tempo para provar se a palavra é boa ou não, se é necessária ou não.
Leitor reclama: “Acabo de chegar da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, e lá é comum ler-se RETORNO SEMAFORIZADO”.
É como afirmei acima. Só o tempo vai nos dizer se a palavra é boa ou ruim, se ela fica ou não. Tudo que é estranho hoje pode ser muito comum daqui a alguns anos.
E não devemos esquecer que os neologismos enriquecem as línguas. SEMAFORIZADO (palavra já registrada no novíssimo Aurélio) vem de SEMÁFORO, palavra formada por elementos de origem grega: SEMA (=sinal, sentido, significado) e FORO (=que faz, que produz). Para quem não conhece a palavra, SEMÁFORO é o que o carioca chama de “sinal”, o paulista também chama de “farol”, o gaúcho chama de “sinaleira” e assim por diante. Isso é riqueza vocabular.

2.    A “multagem” eletrônica

Leitor, indignado com as multas indevidas que diz ter recebido, mostra-se ainda mais revoltado com a palavra “multagem”, que aparece em placas espalhadas por vias de algumas cidades brasileiras.
“Multagem” é um neologismo ainda sem registro em nossos principais dicionários, mas algo deve ser dito em defesa da palavra: ela foi criada em perfeito acordo com os nossos processos de formação de palavras.
Existem vários sufixos para designar “ato ou resultado da ação”: ato de agredir = agressão; ato de deter = detenção; ato de ascender = ascensão; ato de julgar = julgamento; ato de preferir = preferência; ato de lavar = lavagem.
Como podemos observar, há diferentes sufixos para a mesma função. E não há regra lógica que explique por que o ato de colocar é colocação e o de deslocar é deslocamento, por que o resultado da ação de casar é casamento e o de cassar é cassação.
Assim sendo, se o ato de contar é contagem, se o ato de pesar é pesagem, por que o ato de multar não pode ser multagem?
Se a palavra é boa ou ruim, se vai “pegar” ou não, só o tempo dirá.
O simples fato de a palavra não estar em nossos dicionários não significa que ela não exista. Veja o caso de bioterrorismo. Se você consultasse o dicionário Houaiss e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa publicado pela Academia Brasileira de Letras em 1999, não encontraria registro da palavra bioterrorismo. Isso não significava que ela não existia. Infelizmente o bioterrorismo existe independentemente de a palavra estar ou não registrada em nossos dicionários. A equipe do antigo dicionário Aurélio, atenta a esse fato novo, já havia registrado a palavra bioterrorismo.
Com o adjetivo “imexível”, neologismo criado em 1990 pelo então ministro Rogério Magri, ocorre o contrário: está registrado no dicionário Houaiss e no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras, mas não aparecia no dicionário Aurélio.
Se você vai usar ou não, é um critério seu. É uma questão de estilo e de adequação da linguagem.
É assim que os neologismos nascem. Alguns sobrevivem, outros não. Quem dá vida às palavras somos nós, falantes da língua portuguesa.

Ministro quer implementar este ano plano de ensino da cultura africana

 

A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) quer implementar dois planos, nas áreas de saúde e educação, até o final do governo Lula, segundo o ministro Eloi Ferreira Araújo. “É um compromisso que a nossa equipe firmou, de esmiuçar esses dois temas, de concluir essas duas regulamentações até meados de dezembro”, disse ele em entrevista.
As iniciativas estão previstas no Estatuto da Igualdade Racial, que completa neste sábado (20) cinco meses desde a sanção presidencial. Neste sábado também é comemorado o Dia da Consciência Negra em diversas cidades brasileiras.
Os projetos são, especificamente, o Plano Nacional de Implementação da Lei 10.639 (que torna obrigatório o ensino sobre história e cultura afrobrasileira) e a Política Nacional de Saúde da População Negra. Ambos já foram publicados, mas até agora não tinham sido implementados, segundo o diretor da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Flávio Jorge. "São documentos que estão sendo debatidos há algum tempo", explica ele.
Dea acordo com o ministro, a Seppir está finalizando em novembro a tradução de oito volumes de uma obra sobre a história geral da África produzida pela Unesco. Com isso, segundo ele, ficará mais fácil para o Ministério da Educação escolher o material didático adequado para as aulas.
Quanto ao projeto sobre saúde, Araújo afirma que quer fazer a implementação via um “decreto regulamentador”. "Assim a gente avança com mais força", afirma.
Para a coordenadora nacional dos Movimentos Negros Unificados (MNU), Vanda Pinedo, ainda é pouco. “Uma legislação que mexe com a estrutura da sociedade brasileira tem que vir com condicionantes e com penalidades para o caso da não-aplicação. Uma lei que não tem penalidade não é colocada em prática”, afirma.
“A Seppir tem um programa nacional, mas se condicionantes não forem criadas para que se cumpra a legislação, continua um faz-de-conta", diz ela.

Dia da Consciência Negra no Brasil









História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.


''Somos todos iguais''

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Novo Enem para quem teve problemas com caderno amarelo será na 1ª quinzena de dezembro

O MEC (MInistério da Educação) divulgou nesta sexta-feira (19) que o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010, a ser aplicada aos candidatos que tiveram problemas com o caderno de provas amarelo, vai acontecer na primeira quinzena de dezembro. O dia exato deve ser divulgado até o dia 24 de novembro.
Após a divulgação dos problemas -questões faltavam estavam repetidas na prova amarela- o órgão já trabalhava com as datas de 27 e 28 de novembro ou 4 e 5 de dezembro. Ainda está sendo apurada a quantidade de candidatos que poderão repetir a prova. O MEC diz que avisará os alunos que tiverem direito por SMS, e-mail, telefone ou carta.
Nesta sexta, o ministro Fernando Haddad fez uma vídeoconferência com representantes do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e do consórcio Cespe/Cesgranrio, responsáveis pelas provas. É o consórcio que está fazendo a análise das 116.626 atas dos locais de prova.

Só faz a nova prova quem o MEC identificar que foi prejudicado

Com a derrubada da decisão, ontem (18), que permitia que qualquer um que se sentisse prejudicado refizesse a prova, o MEC diz que o calendário da prova continua seguindo o planejamento inicial. Nesta sexta, à 0h, termina o prazo para que o candidato peça a correção invertida da folha de respostas.
A suspensão da liminar foi determinada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria. Na decisão, ele afirmou que poderia causar "grave violação à ordem pública" deixar que o próprio candidato se dissesse prejudicado sem nenhum filtro do Estado. Faria disse, também, que alterar o cronograma fixado pelo MEC causaria atraso no cronograma do Enem.
Faria disse, ainda, que "não se pode admitir que paixões a teses jurídicas venham aflorar e contaminar o Judiciário, a ponto de se pretender a reforma de decisão por quem não possui competência para tanto", em referência à primeira liminar, derrubada pelo próprio desembargador, que suspendia o exame.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Imprima o guia da reforma ortográfica






O blog do Ginásio Comercial de Patu já adotou as novas regras, que valem desde 1º de janeiro.
Sugestão: cole o guia na agenda ou deixe-o ao lado do computador.

Imprima esta página ou, se preferir, baixe aqui o guia para impressão (o arquivo está em pdf e ocupa uma página no formato A4).

No início do ano, a Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou novas definições sobre o uso do hífen. Veja o arquivo aqui (ele está em pdf) ou acesse as mudanças diretamente aqui.


Trema – desaparece em todas as palavras                             
Antes Depois
Freqüente, lingüiça, agüentar Frequente, linguiça, aguentar
* Fica o acento em nomes como Müller
  
Acentuação 1 – some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)
Antes Depois
Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, Coréia, estréia, jóia, platéia, paranóia, jibóia, assembléia Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, paranoia, jiboia, assembleia
* Herói, papéis, troféu mantêm o acento (porque têm a última sílaba mais forte)
   
Acentuação 2 – some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas
Antes Depois
Baiúca, bocaiúva, feiúra Baiuca, bocaiuva, feiura
* Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí
  
Acentuação 3 – some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)
Antes Depois
Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôos Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoos

Acentuação 4 – some o acento diferencial
Antes Depois
Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa Para, pela, pelo, polo, pera, coa
* Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo

Acentuação 5 – some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar
Antes Depois
Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você Averigue, apazigue, ele argui, enxague você
Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas

Hífen – veja como ficam as principais regras do hífen com prefixos:
Prefixos Usa hífen Não usa hífen
Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra... Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, auto-observação, anti-herói, anti-imperalista, micro-ondas, mini-hotel Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom
Hiper, inter, super Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional
Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico
Sub Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor
Vice Sempre:
vice-rei, vice-presidente
 
Pan, circum Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão
Fonte: professor Sérgio Nogueira


As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. No Ano Novo começa o chamado “período de transição”. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014.

O guia acima traz as mudanças que já estão definidas. Ainda há exceções - por exemplo, no uso do hífen - que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.

Vale lembrar que o que muda é a grafia. Ou seja, nada de pronunciar “lin-gui-ça”. A fala continua a mesma, mesmo sem os dois pontinhos em cima do “u”.

Confira os vestibulares em todo o país

Clique no estado para checar as instituições de ensino.
Fique atento às datas das inscrições e das provas.




 
 



 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Decisão da Justiça determina prova do Enem para todos que se sentiram prejudicados






Nova decisão da Justiça Federal do Ceará determina que sejam aplicadas provas para todos os estudantes que se sentiram prejudicados pelas falhas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A medida, tomada nesta quarta-feira, atinge não só os alunos que receberam provas com erro de impressão, mas também os estudantes que tiveram dificuldades por conta do cabeçalho invertido no cartão de resposta.
A decisão liminar é da juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, que já havia determinado a suspensão do Enem na semana passada. O Ministério da Educação conseguiu derrubar a suspensão da prova logo depois, recorrendo ao TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região).
A juíza acatou pedido do Ministério Público Federal do Ceará, que alegou que há tratamento "discriminatório" do MEC com parte dos alunos.
"Defiro parcialmente do MPF para o fim de determinar ao INEP seja aplicada prova substitutiva ao Enem 2010, a todos os candidatos prejudicados pela inversão da ordem do cabeçalho do cartão-resposta, bem como àqueles estudantes que fizeram o exame com o caderno de provas de cor amarela no dia 6 de novembro, as quais foram maculadas por erro de impressão e de montagem, desde que haja prévio requerimento administrativo no site próprio do Enem", afirmou a magistrada, em sua decisão.
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CRONOLOGIA
Veja a cronologia envolvendo as falhas e a batalha judicial do Enem 2010:
6 e 7.nov
Prova do Enem é aplicada para 3,3 milhões de estudantes. Ocorre uma série de problemas: cabeçalho de gabarito trocado, provas grampeadas de forma errada, uso de celular durante o exame, falta de informação sobre proibição de lápis e borracha e suspeita de vazamento do tema da redação
7.nov
Inep, órgão ligado ao MEC responsável pelo Enem, admite possibilidade de aplicar nova prova apenas para os alunos que foram prejudicados com os erros, cerca de 2.000 estudantes
8.nov
Acatando pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal do Ceará suspende o exame em todo o país, por considerar que aplicar prova para apenas uma parte compromete a isonomia do processo. Além disso, o uso de celular teria evidenciado falhas no esquema de segurança
O MEC, por sua vez, diz que não há necessidade de suspender o exame para todos os 3,3 milhões alunos e que irá recorrer da decisão
9.nov
Justiça Federal do Ceará proíbe Ministério da Educação de divulgar o gabarito do Enem. Multiplicam-se as queixas de estudantes sobre falhas no exame
O advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, diz que decisão de refazer prova para todos é um prejuízo claro para milhões de estudantes. MEC decide encaminhar pedido de reconsideração para o TRF
10.nov
Diferentemente da posição do ministro da Educação, presidente Lula afirma que, se fosse preciso, o governo faria uma nova prova do Enem
11.nov
AGU (Advocacia-Geral da União) recorre da decisão da Justiça de suspender exame, mas não informa que argumentos usou no recurso
12.nov
Presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região derruba decisão que impossibilitava o prosseguimento do Enem, afirmando que suspensão traria transtornos aos organizadores e candidatos de todo o Brasil.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

COMPERVE DIVULGA CONCORRÊNCIA DO PSV 2011






 A Comissão Permanente do Concurso Vestibular (COMPERVE-UERN) divulgou a concorrência do Processo Seletivo Vocacionado (PSV 2011). Medicina é o curso com maior concorrência. São 104.84 candidatos/vaga (geral) e 29.92 candidatos/vaga (cotistas).

No Senado, Haddad volta a defender mais de uma edição do Enem por ano

Para ministro, medida resolve problemas registrados no exame deste ano.
Segundo ele, isso permitirá que outras gráficas participem do processo.

 

O ministro da Educação, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira (16), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, a intenção de realizar mais de uma edição por ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo ele, o problema registrado nas provas deste ano do Enem "se resolve com mais de uma edição do exame ao longo do ano, como aliás estava programado para termos neste ano", afirmou o ministro ao prestar esclarecimentos nesta terça (16) na comissão do Senado, em sessão que começou por volta das 11h15 e durou cerca de três horas.
"Isso vai permitir que outras empresas [gráficas] entrem na disputa e que o Enem tenha, assim, mais parceiros", afirmou Haddad, ao responder a questionamento do senador Roberto Cavalcante (PRB-PB).
Na prova deste ano, houve erros de impressão no cartão de respostas e no caderno amarelo, que levaram a Justiça Federal no Ceará a determinar a suspensão do Enem, medida que posteriormente o Tribunal Regional Federal derrubou, após julgar recurso do governo. O ministério informou que os alunos prejudicados serão convocados para fazer nova prova
De acordo com Haddad, com mais de uma edição do Enem por ano, "diminui o número de inscritos, se aumenta o número de empresas que podem participar da aplicação, da impressão, da distribuição, e se dilui qualquer tipo de risco"..
 
''O que é desejável e possível da parte do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela organização das provas] é a realização de mais de uma edição por ano. A regionalização dependeria de um banco de dezenas de milhares de questões, estamos falando em 50 mil questões"
Fernando Haddad, ministro da Educação


Para o ministro, as duas gráficas que imprimiram provas do Enem em 2009 e 2010, Plural e RR Donnelley Moore, foram testadas. "A primeira, no ano passado, em que houve uma falha na segurança. A segunda, neste ano, com o problema de impressão em algumas provas. São as duas únicas capazes de imprimir [a grande demanda do Enem] com segurança no Brasil", afirmou.
Haddad voltou ao assunto ao ser indagado pelo senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE), que manifestou dúvida em relação à possibilidade de realização de mais de uma prova do Enem por ano. O senador também perguntou sobre a possibilidade de se regionalizar o exame, com provas diferentes para cada região.
"O que é desejável e possível da parte do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela organização das provas] é a realização de mais de uma edição por ano. A regionalização dependeria de um banco de dezenas de milhares de questões, estamos falando em 50 mil questões", declarou Haddad.
 
Notas
O ministro disse que, apesar dos problemas, o cronograma do Enem será mantido, e as notas serão divulgadas na primeira quinzena de janeiro.
Antes da divulgação, o Inep ainda pretende promover as novas provas para os estudantes prejudicados pelos problemas de impressão, mas a data ainda não está definida, informou o ministro. Na semana passada, o ministério havia informado que o Inep trabalha com a expectativa de realizar as novas provas no primeiro final de semana de dezembro.
"Nós temos compromisso, que será mantido, de entregar as notas para as universidades no prazo programado, de acordo com o edital do exame", declarou.
Nova prova
O ministro falou sobre o critério do MEC para determinar os estudantes que terão direito à nova prova. Segundo ele, o Cespe e a Cesgranrio, instituições que elaboraram e aplicaram o exame, já começaram a avaliar as atas dos locais de prova, que indicam quando houve ou não substituição de caderno de prova defeituoso.
"Todas as ocorrências passam por um pente fino. Se houver registro em ata de que faltou cartão para substituir o entregue ao aluno ou ocorrência dessa natureza, tudo que for possível apurar objetivamente vai ser considerado", declarou.
 
Responsabilidade
Haddad afirmou que não tirou a responsabilidade do Inep quanto aos problemas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Ele foi questionado pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), autora do convite para que comparecesse à comissão, por ter supostamente minimizado os erros no exame.
Ela mencionou uma entrevista do ministro na edição desta semana da revista "Época" na qual ele afirma que o Inep está "isento de qualquer responsabilidade" em relação aos erros na aplicação das provas do Enem.
"Não tirei a responsabilidade do Inep. Não existe hipótese de o Inep varrer o problema para baixo do tapete. Às vezes, nossas palavras não são reproduzidas corretamente após uma entrevista", disse o ministro. Segundo ele, a sindicância para apurar responsabilidades já foi aberta.

Haddad ressaltou a importância que o exame ganhou nos últimos anos, quando passou a ser usado, por exemplo, no programa de bolsas universitárias financiadas pelo governo, o Prouni.
Ele afirmou que o aperfeiçoamento do Enem é a única solução para o modelo de vestibular tradicional, que está ultrapassado, segundo ele.
"Estou convencido de que não há outro caminho a seguir, a não ser superar esse anacronismo da realidade educacional brasileira, que é o vestibular tradicional", disse.
 
Alunos prejudicados
Haddad disse que, em 2009, foram realizadas três provas distintas: a primeira em 5 e 6 de dezembro, após a remarcação devido ao vazamento do exame, e outras duas em datas posteriores, para estudantes presidiários e para alunos do Espírito Santo que não receberam a prova na data certa em razão de problemas de logística.
Mesmo assim, segundo ele, esse fato não levantou dúvidas quanto à utilização de três provas diferentes para a avaliação do desempenho - o ministério defende a realização de novas provas apenas para os estudantes prejudicados.
"Nosso número estimado de prejudicados continua em 0,1% dos alunos no Brasil", afirmou. Cerca de 3,3 milhões de estudantes fizeram a prova neste ano. A porcentagem indicada por Haddad equivale a 3,3 mil alunos. Na semana anterior, o ministério indicou que a estimativa era de que menos de 2 mil estudantes foram prejudicados com os erros de impressão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Estudantes fazem manifestações contra falhas no Enem em capitais Houve protestos em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Rio. Em SP, jovens pediram também melhorias no ensino público.

Estudantes protestaram contra falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em ao menos cinco capitais do país nesta segunda-feira (15). Houve manifestações em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro.
Estudantes protestam contra o Enem no Recife (Foto: Priscilla Buhr/JC Imagem/AE)


Cerca de 200 estudantes, segundo a Polícia Militar, protestaram na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o Enem e por melhorias no ensino público. Os jovens saíram do vão livre do Masp e seguiram para a Rua Consolação.
Protesto interdita faixas da Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)

Em Curitiba, a manifestação começou no centro da cidade e terminou nas escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O protesto no Recife ocorreu na Avenida Conde da Boa Vista. No Rio de Janeiro, o protesto ocorreu na praia de Ipanema, na Zona Sul da cidade.
Em Belo Horizonte, os estudantes começaram a manifestação na Praça 7, no centro, e seguiram até a porta da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Praça Afonso Arinos.
Manifestação de estudantes contra problemas no Enem em Belo Horizonte. (Foto: Alex Araújo/G1 MG)

Depois de um rápido protesto, seguiram pela Avenida João Pinheiro até a Praça da Liberdade, no bairro Funcionários. A passeata não atrapalhou o trânsito, que estava tranquilo. Segundo a Polícia Militar, 150 pessoas participaram do protesto.
O presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames-BH), Gladson Reis, disse que o dia 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, foi escolhido propositamente “porque o país só conseguirá atingir a soberania nacional a partir da educação”.
Grupo protesta na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro (Foto: Fabio Motta/Agência Estado/AE)

domingo, 14 de novembro de 2010

Temas polêmicos










1.    Cadê a vírgula?
Volta e meia, acontecem campanhas ou manifestações para as quais a vírgula nunca é convidada: “Reage Rio”, “Vota Brasil”, “Acorda Lula”, “Cala boca Galvão”
Deveria ser: “Reage, Rio”; “Vota, Brasil”; “Acorda, Lula”, “Cala boca, Galvão”.
Quer saber por quê.
Não é difícil entender. Você já deve ter ouvido falar da famosa regrinha que diz ser proibido separar por vírgula o sujeito do predicado. A explicação é simples: se pusermos vírgula entre o sujeito e o verbo, o sujeito vira vocativo.
Em “Dr. Carlos Pimenta vem à reunião”, temos uma afirmativa. O Dr. Carlos Pimenta é o sujeito da forma verbal “vem” (=presente do indicativo).
Em “Dr. Carlos Pimenta, vem à reunião”, temos agora um chamamento, um convite ou uma ordem. O Dr. Carlos Pimenta é um vocativo e a forma verbal “vem” está no modo imperativo.
Quando dizemos “O leitor de O Globo sabe mais”, não há vírgula porque “o leitor de O Globo” é o sujeito do verbo “saber”. Em razão disso, na propaganda “Quem lê sabe”, não deveríamos usar vírgula, pois “quem lê” é sujeito.
Nesse caso específico, quando os verbos ficam lado a lado, há autores que aceitam a vírgula entre o sujeito e o predicado. Eu prefiro não criar exceções. Assim como em “Quem avisa amigo é” e “Quem bebe Grapete repete” não há vírgula, em “Quem lê sabe”, “Quem estuda passa” e “Quem se desloca recebe” também devemos evitar a vírgula.
Se o problema anterior é polêmico, no caso das campanhas e das manifestações não há perdão. Ninguém está afirmando que o Rio reage, que o Brasil vota, que o Lula acorda ou que o Galvão cala a boca. O verbo está na forma imperativa e a seguir está o vocativo. A vírgula é obrigatória: “Reage, Rio”; “Vota, Brasil”; “Acorda, Lula”; “Cala boca, Galvão”.
Será que as campanhas e manifestações fracassaram porque esqueceram a vírgula?

2.    Se beber, não use o ponto e vírgula
Em frente ao Hospital Pinel, no Rio de Janeiro, há um painel luminoso da CET-Rio. Com certa frequência, lá encontrávamos a seguinte mensagem:
“Se dirigir; não beba
se beber; não dirija”
Certamente o hospital não tem culpa alguma. Louco ou bêbado estava quem escreveu a tal frase. Não pela mensagem em si, mas pela pontuação da frase. Provavelmente alguém disse para o autor: “Olha, tem um ponto e vírgula aí.” E o “letrado”, por garantia, tascou logo dois.
Ora, onde encontramos o ponto e vírgula bastaria a vírgula, pois se trata de uma oração subordinada adverbial condicional deslocada: “Se dirigir, não beba”. O uso do ponto e vírgula seria perfeito entre as duas ideias, apontando, assim, uma pausa maior que a vírgula:
“Se dirigir, não beba; se beber, não dirija.”
É para isso que serve o ponto e vírgula: para indicar uma pausa maior que a vírgula e não tão forte quanto o ponto-final.
Portanto, o autor da frase acaba de perder 3 pontos na sua carteira de habilitação, por uma infração média contra a gramática.
Para que serve o ponto e vírgula?
Fundamentalmente, o ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula.
Vejamos as situações em que o seu emprego é mais frequente:
1a) para separar os membros de um período longo, especialmente se um deles já estiver subdividido por vírgula:
“Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o ouvinte.”
“Nas sociedades anônimas ou limitadas existem problemas: nestas, porque a incidência de impostos é maior; naquelas, porque as responsabilidades são gerais.”
2a) para separar orações coordenadas adversativas (=porém, contudo, entretanto) e conclusivas (=portanto, logo, por conseguinte):
“Ele trabalha muito; não foi, porém, promovido.” (indica que a primeira pausa é maior, pois separa duas orações)
“Os empregados iriam todos; não havia necessidade, por conseguinte, de ficar alguém no pátio.”
3a) para separar os itens de uma explicação:
“A introdução dos computadores pode acarretar duas consequências: uma, de natureza econômica, é a redução de custos; a outra, de implicações sociais, é a demissão de funcionários.”
4a) para separar os itens de uma enumeração:
“Deveremos tratar, nesta reunião, dos seguintes assuntos:
a)    cursos a serem oferecidos, no próximo ano, a nossos empregados;
b)    objetivos a serem atingidos;
c)    metodologia de ensino e recursos audiovisuais;
d)    verba necessária.

Opinião: Escolas têm de repensar maneira de ensinar matemática Disciplina não pode ser reduzida a um sistema de signos. Ela não se limita a quatro operações e está inserida no cotidiano.



Alguns alunos, para justificar seu mau desempenho em alguma disciplina escolar, dizem que ela não serve para nada. Diante de tal argumentação, não tomam atitude alguma para mudar o rumo das coisas.
É comum isso acontecer com o português. Não conseguem enxergar a necessidade prática de diferenciar os vários tipos de orações encontradas num texto, por exemplo (oração subordinada substantiva subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta...). Com as outras matérias isso também ocorre, como se aquilo que aprendessem ficasse desvinculado da vida.
Isso se deve, muito provavelmente, à maneira como as escolas têm trabalhado as diversas áreas do conhecimento. Elas têm se prendido a regras preestabelecidas, sendo que a função dos professores tem sido de apresentá-las aos alunos, que, por sua vez, as reproduzem e as memorizam, sem espaço para a real compreensão das coisas e do significado delas em suas vidas. Isso, com certeza, não será percebido pelo aluno se apenas lhe for dito.
A matemática é vítima dessa incompreensão, embora seja muito útil em nossas vidas. Não só pelo óbvio de se fazer uma compra, saber o valor do produto, efetuar o pagamento e conferir o troco. O que já não é pouco. Ela está inserida em muitas coisas da vida, em nossas ações diárias, não se limita às quatro operações.

Por exemplo, ao atravessarmos uma rua, observamos a velocidade do carro e a distância a ser percorrida, para então fazermos o percurso, apertando o passo ou não, para que a travessia se dê com segurança, ou mesmo se devemos esperar o veículo passar.
Não usamos números, apenas a lógica da ação (embora essa ação possa ser escrita e calculada usando números e regras matemáticas), estabelecendo a relação entre os objetos, num pensamento abstrato, sem a necessidade de fazermos experiências concretas para decidir a melhor estratégia a ser usada (caso fizéssemos isso, provavelmente morreríamos atropelados antes de chegarmos a uma conclusão segura).
Apesar do esforço para mudar, algumas escolas ainda guardam muitos ranços quando trabalham com a matemática, acabam reduzindo-na a um sistema de signos e à manipulação dos mesmos. Para os pequenos, isso é muito difícil e sem sentido, o pensamento deles é concreto. Que o digam aqueles que ainda são obrigados a decorar (isso mesmo, decorar!) a tabuada.
Ela nada mais é que uma tabela usada para a multiplicação. Se por um lado ela pode contribuir para agilizar a solução de algumas contas mentalmente, principalmente quando envolve as operações multiplicação e divisão, ela não deve constituir um fim em si mesmo e nem ser cobrada em provas.
A tabuada é apenas um instrumento para agilizar o pensamento, que deverá preceder a compreensão, por exemplo, de quanto um determinado número cabe em outro (cabem dois cinquentas no número cem). Além de entender sua versão mais extensa, que é a soma (três vezes dez é o mesmo que dizer dez mais dez mais dez), que a princípio é mais fácil para um aluno usar.
Memorizar alguns resultados virá do uso que a pessoa fizer dele. De tanto multiplicar o nove pelo oito (= 72), o aluno memorizará. Se for bom de memória. Caso contrário, ele terá um trabalhinho maior para resolver uma questão matemática.
A matemática tem que ser repensada na prática das escolas. O pensamento matemático nada mais é que o pensamento lógico, como bem lembra Piaget. O que importa é que ele seja desenvolvido nos alunos, não se restringindo sua prática a mera reprodução de fórmulas e contas, que rapidamente são esquecidas pelos alunos.
A escola tem que ir de encontro às necessidades dos alunos e não o contrário. Quem sabe assim, o fracasso escolar venha a diminuir.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

sábado, 13 de novembro de 2010

Aviso!

Devido o feriado da Proclamação da República na próxima segunda 15 de novembro o Ginásio Comercial de Patu informa aos alunos que não haverá aula,como todos sabem é um dia de comemoração,é um feriado nacional.

'Estou mais aliviado', diz estudante que pediu correção invertida do Enem Sistema para solicitar correção fica no ar até 19 de novembro. MEC cogita possibilidade de aplicar novo Enem em 4 de dezembro.





                                            Luan Pietro, de 18 anos, quer cursar medicina
                                            (Foto: Milene Rios/G1)




O estudante Luan Estrela Pietro, de 18 anos, disse que está mais aliviado depois que conseguiu solicitar a correção invertida da prova do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no site do MEC, na noite desta sexta-feira (12). Ao G1, o jovem contou que, na sala onde fez o exame, na Estácio UniRadial, na Zona Sul de São Paulo, os fiscais não informaram os candidatos sobre a falha no cabeçalho da folha de respostas.
Os enunciados das áreas de conhecimentos estavam invertidos na comparação com o caderno de questões. Alguns alunos seguiram os enunciados e acabaram preenchendo o gabarito de forma invertida, sem levar em conta a ordem numérica.
“Preenchi as respostas seguindo a ordem do gabarito. Fui bem na prova, acertei 136 questões [de um total de 180] e fui melhor no primeiro dia. Estava com medo de ter de refazer o exame e não ir tão bem”, diz Pietro, que pretende cursar medicina.
saiba mais
A assessoria de imprensa do MEC informou que até a manhã deste sábado (13) não houve reclamações sobre o site aberto para receber os pedidos de correção invertida.
Os candidatos que desejam solicitar a correção conforme o cabeçalho da folha de respostas precisam acessar o requerimento no link:: http://sistemasenem2.inep.gov.br/correcaoprova.
O estudante terá de informar o CPF e a senha cadastrada na inscrição para fazer a solicitação. O sistema ficará disponível até as 23h59 de 19 de novembro. Após pedir a correção, não será possível cancelar a solicitação.
Os alunos que preencheram a folha de respostas conforme a ordem numérica do caderno de questões não devem fazer o requerimento.
Novo Enem
Segundo a assessoria do MEC, a data provável do segundo Enem, que será aplicado aos estudantes que fizeram as provas amarelas, é 4 de dezembro. O ministério não cogita reaplicar as duas provas, apenas a do primeira dia, com questões sobre ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias.
Um lote das provas amarelas tinha problemas de impressão, e foi entregue aos estudantes com algumas perguntas repetidas, outras faltando, sequência numérica errada e até algumas questões de um outro modelo aplicado, a prova branca.
A estimativa do MEC é de que cerca de 2 mil alunos tenham sido prejudicados por receber os cadernos amarelos. No entanto, a assessoria afirmou que está averiguando as atas dos fiscais que aplicaram as provas em todo o país, para chegar num número preciso de alunos afetados.

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/11/estou-mais-aliviado-diz-estudante-que-pediu-correcao-invertida-do-enem.html